Ucrânia diz que bloqueio marítimo ameaça segurança alimentar global

Guerra reduziu os embarques para 1,1 milhão de toneladas em abril, contra cerca de 5 milhões de toneladas por mês em tempos normais

Maioria dos portos da Ucrânia foi fechada desde o início da guerra, limitando suas exportações de grãos para rotas ferroviárias e rodoviárias.
Por Aliaksandr Kudrytski
13 de mayo, 2022 | 02:35 PM

Bloomberg — Os portos bloqueados na Ucrânia estão ameaçando a segurança alimentar global, enquanto o país luta para redirecionar os embarques de grãos devido a gargalos causados pela invasão da Rússia, segundo autoridades ucranianas.

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A maioria dos portos da Ucrânia foi fechada desde o início da guerra, limitando suas exportações de grãos para rotas ferroviárias e rodoviárias através de países vizinhos da União Europeia. Isso reduziu os embarques para 1,1 milhão de toneladas em abril, contra cerca de 5 milhões de toneladas por mês em tempos normais.

“Não temos alternativa importante ao transporte marítimo”, disse o vice-ministro da Economia, Taras Kachka, durante uma conferência online na sexta-feira (13). O redirecionamento de cargas levaria anos para ser organizado, e a infraestrutura da União Europeia atualmente não está configurada para lidar com um redirecionamento maciço por rotas terrestres, acrescentou.

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A Ucrânia, um dos maiores exportadores de grãos do mundo, é um fornecedor importante para nações da Europa à África e Ásia. A guerra causou um enorme atraso. Kachka disse que uma solução, que precisaria da ajuda de aliados, incluindo os Estados Unidos, é necessária rapidamente para evitar comprometer a segurança alimentar global.

A guerra vai deprimir as exportações de grãos da Ucrânia na próxima temporada

O porto de Gdansk, na Polônia, e Constanta, na Romênia, já estão superlotados com suprimentos da Ucrânia à medida que os suprimentos são redirecionados, de acordo com Mustafa Nayyem, vice-ministro de infraestrutura da Ucrânia.

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Caminhões de combustível estão lutando com postos de controle lotados na fronteira da União Europeia, disse Nayyem, que faz parte da equipe do governo que ajuda o país a garantir suprimentos depois que a Rússia bombardeou suas refinarias e depósitos.

-- Com a colaboração de Megan Durisin.

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