Transportar petróleo russo está ficando cada vez mais caro

O aumento é outro sinal dos descontos que os produtores russos terão que aplicar em seus suprimentos para encontrar compradores

Armadores vêm evitando lidar com cargas da Rússia
Por Alex Longley
12 de abril, 2022 | 07:44 PM

Bloomberg — Os ganhos diários dos petroleiros que transportam petróleo dos portos bálticos da Rússia estão subindo à medida que os armadores continuam a ter cautela ao transportar petróleo do país.

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Agora, fretar um petroleiro do porto de Primorsk para o noroeste da Europa custa mais de US$ 338 mil por dia. Esse é o preço mais alto desde 2008, segundo dados da Bolsa do Báltico em Londres.

Custos de frete para o petróleo exportado a partir dos portos do Mar Báltico

O aumento é outro sinal dos descontos que os produtores russos terão que aplicar em seus suprimentos para encontrar compradores. O barril do petróleo da classe Urais ficou cerca de US$ 35 abaixo do preço de referência do Dated Brent na semana passada, em um momento em que os lucros dos petroleiros eram cerca de US$ 100 mil a menos por dia em relação ao valor atual. Pressupondo que o custo do frete é de US$ 7 por barril, isso significa que os produtores receberiam um desconto de mais de US$ 40.

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As tarifas para cargas da Rússia vêm aumentando desde o início da guerra. A maioria dos armadores evitou lidar com cargas e portos russos, já que uma série de sanções se espalhou pela indústria petrolífera, elevando os custos.

Para navios Aframax menores, que transportam cerca de 700 mil barris de petróleo, a situação foi agravada pelo fato de a Sovcomflot, da Rússia, ser a maior proprietária desses navios. Com os comerciantes evitando entidades russas, a disponibilidade de navios menores diminuiu.

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Os custos adicionais também vêm aumentando. As seguradoras de Londres recentemente ampliaram sua lista de áreas nas quais subscritores podem cobrar prêmios extras para todas as águas russas. No início do conflito, as chamadas Áreas Listadas incluíam apenas partes do Mar Negro e do Mar de Azov, mas agora os custos adicionais estão sendo repassados para outros portos de exportação.

Na semana passada, os navios que entravam no Mar Negro eram quase impassíveis de seguro, pois os subscritores pediam até 10% do valor do casco de um navio para cobrir uma viagem.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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