Tensão EUA-China e outras 4 coisas que você precisa saber para começar o dia

Veja os assuntos que devem marcar o sentimento dos mercados ao redor do mundo nesta sexta-feira (27)

Segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a China 'quer ser menos dependente do mundo, mas quer que o mundo seja mais dependente dela'
Por Bloomberg News - Nour Al Ali
27 de mayo, 2022 | 08:53 AM

Bloomberg — Tensão entre os Estados Unidos e a China se acentua, Bitcoin de volta aos holofotes e revolta de trabalhadores na China. Inflação ao consumidor nos EUA em abril. Veja abaixo cinco dos principais eventos do dia para os mercados.

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Esfera de influência

Estados Unidos e Taiwan planejam anunciar negociações para aprofundar seus laços econômicos para facilitar a comercialização da cadeia de suprimentos, embora qualquer acordo fique aquém de um acordo de livre comércio, segundo pessoas não identificadas familiarizadas com o assunto. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou que seu país buscará influenciar o comportamento da China moldando o mundo ao redor de Pequim. Embora os EUA não queiram separar a China da economia global, disse Blinken, a China “quer ser menos dependente do mundo mas quer que o mundo seja mais dependente dela”.

Bitcoin de volta

Aparentemente, o que é ruim para as criptomoedas é bom para o Bitcoin. A criptomoeda mais antiga do mercado está recuperando sua liderança entre seus pares e agora responde por 44% do valor total do mercado de criptomoedas, o maior patamar desde outubro de 2021, pouco antes do último mercado em alta, segundo dados da CoinGecko. A hegemonia renovada do Bitcoin é um reflexo de como o colapso da stablecoin terraUSD no início deste mês devastou tokens menores, como a Avalanche e Solana, por exemplo. Enquanto isso, a americana KPMG quer contratar cerca de 3.500 engenheiros, cientistas de dados e designers no Reino Unido nos próximos três anos, como parte do esforço da consultoria em ferramentas digitais e serviços de aplicativos.

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Petróleo russo

Um volume recorde de petróleo russo está a bordo de navios-tanque, com quantidades sem precedentes destinadas à Índia e à China, enquanto outras nações restringem as importações devido à guerra na Ucrânia. A Ásia ultrapassou a Europa pela primeira vez no mês passado como o maior comprador de petróleo russo, e essa diferença deve aumentar em maio, de acordo com a empresa de dados e análise Kpler. A cúpula da UE, que começa na próxima segunda-feira, é possivelmente o prazo final para o bloco chegar a um acordo sobre o embargo proposto. O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, disse que, caso contrário, eles podem ter que “considerar outros instrumentos”.

Trabalhadores revoltados

Confrontos violentos, infecções crescentes e fábricas vazias: a turbulência que envolveu dezenas de milhares de trabalhadores em um fornecedor da Apple (AAPL) em Xangai é um sintoma preocupante dos esforços extremos da China para manter as fábricas funcionando durante seu pior surto de covid desde 2020. Em uma bolha há quase dois meses, presos por decreto do governo e isolados do mundo exterior, os trabalhadores da Quanta Computer começaram a exigir mais liberdade e se rebelaram contra seus supervisores. O incidente destaca como as percepções de um bloqueio que mudou a vida de 25 milhões de habitantes de Xangai desde março estão se deteriorando.

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Também hoje...

Fechamos a semana com mais um dia movimentado para dados econômicos. A renda e os gastos pessoais dos americanos em abril serão conhecidos às 9h30, no horário de Brasília, juntamente com o deflator conhecido como PCE, além dos estoques preliminares no atacado de abril e do saldo comercial. Às 11h, sai o relatório de confiança do consumidor da Universidade de Michigan para maio. A divulgação de dados termina às 14h com o lançamento dos dados de petróleo da plataforma Baker Hughes. Não há vendas de títulos hoje, e nenhum orador do Fed deve falar. Já a empresa chinesa Pinduoduo é uma das que divulgarão seus resultados. Atualização: o PCE confirmou a expectativa do mercado de desaceleração da inflação nos EUA em abril, avançando 0,2%. Na base anual, ficou em 6,3% (versus 6,6% em março).

– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.

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