Servidores do BC mantêm greve a duas semanas do Copom

Reunião do Comitê de Política Monetária continua prevista para 14 e 15 de junho por ser considerada atividade essencial

Equipe deve rever greve em 7 de junho
Por Maria Eloisa Capurro
31 de mayo, 2022 | 11:55 AM

Bloomberg — Os funcionários do Banco Central decidiram continuar em greve por pelo menos mais uma semana, o que provoca atrasos nas divulgações de dados econômicos importantes antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Os servidores se reunirão novamente no dia 7 de junho para reavaliar a greve, segundo comunicado do sindicato nesta terça-feira (31). Eles pedem aumento salarial de 27% para compensar a perda de poder de compra nos últimos anos.

O governo de Jair Bolsonaro sinalizou que está aberto a dar a todos os servidores públicos um aumento de 5%, mas ainda precisa agendar uma reunião com os funcionários do BC, segundo o sindicato.

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O BC disse, por meio da assessoria de imprensa, que o Copom é atividade essencial e não será afetado. Também reiterou que todas as estatísticas serão publicadas com pelo menos 24 horas de aviso, sem mencionar quando isso ocorrerá.

Enquanto isso, a publicação da pesquisa semanal Focus, com as expectativas do mercado para a inflação, e outras estatísticas econômicas continuam suspensas desde o início de maio.

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Os últimos relatórios do BC sobre setor externo, mercado de crédito e atividade econômica foram referentes ao mês de fevereiro. Os dados fiscais de abril foram divulgados nesta terça-feira, pois são considerados essenciais.

A próxima reunião do Copom acontece em 14 e 15 de junho. No encontro anterior, o BC sinalizou que nova alta da Selic, atualmente em 12,75%, era “provável”.

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