Bloomberg — Em audiência de conciliação nesta terça-feira (21), a Samarco e seus credores concordaram com a proposta do juiz Adilon Cláver de Resende de iniciar um processo de mediação na Justiça, disse a empresa.
As duas partes interessadas terão de apresentar um cronograma de trabalho e regras de governança da mediação a definir até 4 de julho.
A ideia é tentar encontrar uma solução sobre o melhor plano de reestruturação de dívidas da Samarco, visto que a empresa, seus dois acionistas, Vale e BHP, e seus credores internacionais não conseguiram chegar a um acordo sem a mediação da Justiça.
A mediação será conduzida pela Cejusc Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, determinou o juiz Cláver de Resende.
A Samarco ficou impossibilitada de pagar suas dívidas após o rompimento de barragem de resíduos em 2015, que matou 19 pessoas e quase destruiu duas vilas em Mariana, Minas Gerais. A empresa interrompeu a produção e demorou até dezembro de 2020 antes de poder reiniciar parcialmente as operações. Ela listou cerca de R$ 50 bilhões em dívidas inadimplentes em seu pedido de recuperação judicial de abril de 2021.
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