Presidente do México fala de novo de acordo entre EUA e Venezuela; Casa Branca nega

Andrés López Obrador garantiu que uma empresa norte-americana já havia sido autorizada a extrair 1 milhão de barris do país

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Caracas — O presidente do México, Andrés López Obrador, aliado do venezuelano Nicolás Maduro, assegurou em comunicado à imprensa que já havia sido alcançado um novo acordo entre a Venezuela e os Estados Unidos, que envolvia a autorização de uma empresa norte-americana para extrair um milhão de barris de petróleo por dia do país.

“Isso é bom para a Venezuela, é bom para os Estados Unidos, é bom para o mundo”, disse López Obrador, conhecido como AMLO, que também se referiu à próxima reunião diplomática, a Cúpula das Américas em Los Angeles, em junho, à qual não comparecerá se Cuba, Nicarágua e Venezuela forem excluídos.

Segundo o correspondente da Voz da América na Casa Branca, Jorge Agobian, um funcionário do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca negou rapidamente o anúncio de López Obrador, reiterando, como fez há alguns dias, que não há novos acordos entre esses dois nações.

Após a reunião de alto nível realizada por representantes do governo dos EUA e funcionários do governo chavista no Palácio Miraflores, em Caracas, em março, o jornal The Economist publicou um artigo sobre uma possível segunda reunião, desta vez em Trinidad e Tobago. No entanto, Brian A. Nichols, secretário adjunto para a América Latina e Caribe, disse que isso não aconteceria.

Juan González, conselheiro da Casa Branca, que também estaria presente na reunião em Caracas, esclareceu semanas atrás, em entrevista à La W Radio de Colombia, que a possibilidade de contemplar o levantamento das sanções à Venezuela estava sujeita à vontade da delegação de Maduro para retomar as negociações com a oposição no México.

O secretário de Estado, Antony Blinken, por sua vez, estabeleceu um telefonema com Juan Guaidó, presidente interino da Venezuela, a quem reiterou o apoio dos Estados Unidos à sua gestão e à população venezuelana.

Na primeira aproximação entre Estados Unidos e Venezuela, teriam sido discutidas questões de segurança energética, fruto da guerra na Ucrânia e das sanções contra a Rússia, que colocariam na mesa a opção de importar petróleo venezuelano.

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