Por que XP, Nubank e BTG vão oferecer negociação de cripto agora?

Anunciada nesta quinta-feira (12), XTAGE, plataforma da XP, deve estar operacional no final do segundo trimestre

XP vai disponibilizar Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) aos 3,5 milhões de clientes diretamente no aplicativo da marca.
12 de mayo, 2022 | 09:06 AM

Bloomberg Línea — A XP (XP) anunciou nesta quinta-feira (12) o lançamento de sua exchange de criptomoedas: a XTAGE, uma nova plataforma de negociação de ativos digitais em parceria com a Nasdaq.

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“A criação da XTAGE representa um marco importante no avanço do mercado de ativos digitais e nossa capacidade de oferecer aos investidores maior acesso ao ecossistema desses ativos”, afirma Lucas Rabechini, Diretor de Produtos Financeiros da XP.

Só que a empresa não está sozinha: também nesta semana, representantes do BTG Pactual (BPAC11) confirmaram, durante teleconferência dos resultados do primeiro trimestre, que devem lançar em breve uma plataforma exclusiva para negociação de cripto, enquanto o Nubank (NU) divulgou ontem sua entrada no mesmo segmento.

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Os anúncios acontecem em meio à forte turbulência que apagou US$ 200 bilhões do mercado cripto em apenas um dia. Segundo os executivos da XP, durante coletiva para o lançamento da nova plataforma, mais do que a cotação das criptomoedas diariamente, a justificativa para o lançameto é pensar no longo prazo e no grande potencial que a tecnologia blockchain tem a oferecer.

Como vai funcionar a XTAGE?

Inicialmente, a plataforma da XP vai disponibilizar Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) aos 3,5 milhões de clientes diretamente no aplicativo da companhia. O objetivo, contudo é expandir, tanto no quesito de ativos digitais oferecidos quanto no de investidores.

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“É uma plataforma que já nasce pronta para escalar no tempo, expandindo para novos clientes”, destacou Bruno Constantino, CFO da XP, durante coletiva com a imprensa nesta quinta. A expectativa é de que a XTAGE esteja 100% operacional no final do segundo trimestre de 2022, disponível inicialmente para quem já é cliente da corretora.

Em um primeiro momento, as moedas digitais serão custodiadas pela XP, que contratou a custodiante internacional BitGo, de forma a aumentar o nível de segurança. A migração de ativos para uma wallet própria será uma função disponibilizada posteriormente.

XP não está sozinha

Nesta quarta, o Nubank, banco digital brasileiro apoiado pela Berkshire Hathaway (BRK/A), de Warren Buffett, anunciou uma parceria com a startup de blockchain Paxos Trust para permitir que seus clientes comprem, vendam e mantenham criptomoedas.

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De acordo com Michael Coscetta, executivo da Paxos, os mais de 53 milhões de clientes do banco poderão fazer transações em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). A Paxos também fornece serviços de cripto para o Mercado Livre (MELI) no Brasil.

Já na segunda, o presidente do BTG, Roberto Sallouti confirmou que a plataforma batizada Mynt, exchange de criptomoedas do banco, será lançada em no máximo dois meses e será destinada a investidores pessoa física.

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“Teremos nossa plataforma de negociação criptomoedas em até dois meses. A proposta do BTG é ter uma plataforma de investimento completa para os nossos clientes”.

Mercado desafiador para criptos

O ambiente de maior aversão ao risco, marcado pela forte inflação, incerteza e alta de juros tem tirado investidores de ativos mais arrojados, como ações e criptomoedas, e levado a investir em produtos mais conservadores e naqueles considerados “porto seguro”, como renda fixa e dólar, respectivamente.

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Investidores de cripto têm dividido a atenção entre a queda do Bitcoin e do mercado em geral e o crash que as criptomoedas UST e Luna em particular estão enfrentando.

O experimento do stablecoin, criado pela Terraform Labs, tem sido submetido a uma verdadeira prova de fogo desde o último fim de semana, quando começou sua queda. O UST é uma moeda estável, ligada ao dólar americano e que – em teoria – procura escapar da volatilidade das moedas digitais.

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O problema é que desde o último fim de semana a estabilidade que promete se desvaneceu. A queda também afetou o preço do Bitcoin, que chegou a ser negociado abaixo de US$ 30 mil.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.

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