Por que o Itaú decidiu demitir quase 300 funcionários na Colômbia?

Banco afirma que profissionais recusaram acordo e que medidas fortalecem presença no país com foco na digitalização do cliente

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Bloomberg Línea — O Itaú (ITUB4), que chegou à Colômbia após concluir sua fusão com a CorpBanca (ITAUCORP), prepara a demissão de 288 pessoas no país e já apresentou o pedido ao Ministério do Trabalho visando adiantar um processo de transformação.

O banco informou que, antes da decisão, apresentou a um grupo de funcionários um acordo de demissão por meio de um plano de aposentadoria mutuamente acordado, “que assegurava condições que excediam significativamente o que é estabelecido por lei”.

“Algumas pessoas não aceitaram a proposta e, portanto, é dever da entidade estruturar as opções que estão ao seu alcance, nos termos da legislação colombiana, para continuar adiantando a transformação.”

Segundo a instituição financeira, a decisão visa “fortalecer a presença estratégica do Itaú e colocar o cliente no centro de todas as ações; estas são as prioridades na consolidação da instituição no país”.

O Itaú comentou que a decisão faz parte desse processo de transformação e foi tomada após uma análise rigorosa de diferentes variáveis.

“Hoje precisamos de uma organização com novos perfis e disciplinas exigidas pelo setor, como especialistas em big data, inteligência artificial, gestão de informações, entre outros. Estas são nossas necessidades.”

Segundo o banco, atualmente mais de 54% dos clientes do banco na Colômbia são digitalizados. O Itaú projeta que, até 2023, 95% dos clientes estarão utilizando serviços e produtos digitais.

Nesse sentido, o banco adiantou que acrescentará em seu quadro de funcionários da Colômbia cerca de 200 novos colaboradores “com as habilidades necessárias para enfrentar os desafios estabelecidos pelo mercado”.

“Estas ações ajudaram a consolidar o objetivo do Itaú de fortalecer sua presença na Colômbia, com a certeza de que as decisões contribuirão para a consolidação da empresa”, acrescentou.

Em janeiro deste ano, os bancos com maior participação no país eram:

  1. Bancolombia (BCOLO), com 26,5% (lucro líquido de US$ 253,025 milhões em janeiro)
  2. Davivienda (PFDAVVND), com 16,5% (US$ 110,824 milhões)
  3. Banco de Bogotá (BOGOTA), com 11,8% (US$ 306,773 milhões)
  4. BBVA (BBVACOL), com 10,6% (US$ 103,302 milhões)
  5. Banco de Occidente, com 6,2% (US$ 64,190 milhões).

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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