Oito em cada dez eleitores de Lula e Bolsonaro já estão decididos, diz pesquisa

Segundo pesquisa BTG/FSB feita por telefone durante o fim de semana, petista tem 44% das intenções de voto e Bolsonaro, 32%

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Bloomberg Línea — Oito de cada dez eleitores do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) já estão decididos e não pretendem mudar o voto até outubro.

Segundo pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (13), 83% dos eleitores de Lula estão decididos e 81% dos de Bolsonaro, também. Em relação a todos os candidatos, o índice de certeza é de 72%.

De acordo com a pesquisa, Lula tem 44% das intenções de voto, queda de dois pontos em relação ao levantamento de maio, e o presidente, 32%, o mesmo índice que tinha há um mês.

Eles são seguidos por Ciro Gomes (PDT), que tem 9%, Simone Tebet (MDB), com 2%, e André Janones (Avante), que aparece com 1%.

Lula também é o candidato com a menor rejeição entre os principais candidatos: 44% dos eleitores disseram que “não votariam nele de jeito nenhum”. Bolsonaro é dono da maior rejeição: 59% dos pesquisados. Tebet e Janones têm rejeições menores que a de Lula, mas são desconhecidos por 58% dos eleitores.

Eleitores miram economia

A economia segue ditando os rumos da escolha do eleitor. Segundo a pesquisa, 96% dos entrevistados disseram que os preços dos produtos aumentaram nos últimos três meses. E 63% deles acreditam que ainda vão aumentar mas — em maio, essa cifra era 70%.

Ao mesmo tempo, 77% dos pesquisados disseram ter deixado de consumir produtos nos últimos três meses por causa da inflação: 60% deixaram de comer fora de casa, 56% deixaram de comprar roupas, 55% deixaram de comer carne vermelha e 44% deixaram de abastecer seus veículos.

Quanto mais produtos as pessoas deixaram de consumir, pior avaliam o governo Bolsonaro. De acordo com a pesquisa, 58% dos que deixaram de consumir seis dos dez produtos listados pelos pesquisadores avaliam o governo Bolsonaro como “péssimo”. Entre os que deixaram de consumir até cinco produtos, 44% acham o governo péssimo.

Outro dado do contexto econômico que deve atrapalhar o desempenho de Bolsonaro nas urnas é a inadimplência. Segundo a pesquisa, 55% dos eleitores atrasaram alguma conta nos últimos três meses. Em média, cada pessoa deixou duas contas sem pagar em dia.

E quanto mais contas as pessoas deixaram de pagar, pior a avaliação do governo: entre os que atrasaram seis das dez contas citadas na pesquisa, 55% disseram que o governo é péssimo. Entre os que não atrasaram nada, 30% disseram que o governo é péssimo.

A pesquisa ouviu duas mil pessoas por telefone entre os dias 10 e 12 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03958/2022.

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