Bloomberg — As opções de Copom negociadas na B3 mostram uma ligeira redução (veja quadro abaixo) das apostas de que o Banco Central conseguirá encerrar o ciclo de alta da Selic na quarta-feira (15), com uma última elevação de meio ponto percentual.
O movimento reflete a cautela de investidores diante da disparada dos rendimentos dos Treasuries americanos, que puxam os juros futuros e pressionam a curva doméstica.
A liquidação de ações global foi iniciada na sexta, depois da divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos em maio, que vieram pior que o esperado e que renovaram expectativas de um Federal Reserve mais agressivo. Assim como o Comitê de Política Monetária (Copom), o banco central americano também se reúne nesta quarta-feira (15).
De modo geral, as opções mostram profunda divisão das apostas para os próximos passos do Banco Central.
No fechamento de sexta, os contratos implicavam uma probabilidade de 38% de manutenção da taxa básica em agosto, contra 25% de uma alta de 0,25 ponto percentual (p.p.) e outros 35% de chance de uma elevação de 0,5 p.p., segundo dados da B3.
Para o encontro desta quarta, as opções digitais indicavam mais de 82% de chance de uma elevação de 0,5 ponto.
“Acreditamos que o BC dará 0,50 ponto nesta reunião e deixará a porta em aberto, sem cravar 0,50 ponto para a próxima reunião”, diz Carlos Menezes, gestor de renda fixa da Gauss Capital.
Segundo ele, o Copom deve passar a mensagem de que está no fim do ciclo de alta de juros, o que levou a Gauss a aumentar as apostas na inclinação da curva de juros, mas com posicionamento tático. “Isso porque ainda temos composição forte de inflação local e o cenário externo inspira cuidado”, diz ele.
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