Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) ampliou a queda vista no início do pregão desta quarta-feira (8), seguindo as preocupações dos mercados externos com o aumento da inflação no mundo e a desaceleração das principais economias. Em linha com a aversão ao risco, o dólar à vista avança e se aproxima dos R$ 4,90.
O sentimento de confiança permanece frágil devido aos temores de que o aumento das taxas sufocará o crescimento econômico e as perspectivas para os lucros das grandes companhias. Na quinta-feira (9), o Banco Central Europeu deve anunciar o fim de compras de ativos em trilhões de euros, antes de um aumento de juros esperado para julho, o que marcará o fim de oito anos de taxas de juros negativas na região.
Na sexta, o foco se voltará para a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em busca de pistas sobre a trajetória do juro do Federal Reserve após a alta do banco central em 4 de maio.
Na cena doméstica, os desdobramentos da tentativa do governo de reduzir os preços dos combustíveis também têm pesado no sentimento.
Entre os destaques do dia, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 1,4% para 0,6%. A entidade também revisou para baixo a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2023, de 2,1% para 1,2%.
O relatório diz que a taxa Selic deve subir até 13,25% ao ano - está atualmente em 12,75% - e permanecer neste patamar até o começo de 2023, diminuindo depois lentamente ao longo do ano, à medida que os “efeitos defasados dos aumentos recentes são finalmente sentidos”.
Confira o desempenho dos mercados nesta quarta-feira (8):
- Por volta das 14h00 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 1%, aos 108,984 pontos;
- O dólar à vista subia 0,43%, a R$ 4,89
- Nos EUA, o Dow Jones caía 0,70%, o S&P 500, 0,81% e o Nasdaq, 0,56%
-- Com informações da Bloomberg News
Leia também:
Burger King mira loja 100% digital e Geração Z, diz próximo CEO