Bloomberg Línea — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (28) que Jair Bolsonaro (PL) não vai se reeleger em outubro porque vai levar “um golpe do povo brasileiro” e que o atual presidente explora a boa-fé de milhões de católicos e evangélicos para espalhar mentiras.
O discurso ocorreu durante ato em que o partido Rede Sustentabilidade selou o apoio à pré-candidatura do petista. O ato foi organizado pelo senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, um dos coordenadores da campanha lulista.
“Ele mente todo santo dia. É uma pessoa que mente, inclusive, utilizando o nome de Deus em vão. Ele não é evangélico, ele não é católico, ele é um fariseu. Uma pessoa que se utiliza da boa fé de milhões de brasileiros evangélicos e católicos porque estávamos entorpecidos pela quantidade de mentiras e a negação da política”, discursou.
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“Ele pensa que ele vai se reeleger assim. Ele não vai se reeleger assim. Dizem todo dia que o Bolsonaro está preparando um golpe, que o Bolsonaro vai dar um golpe. Vai ter um golpe neste país: dia 2 de outubro, o povo brasileiro vai dar um golpe no fascismo e vai restabelecer a democracia neste país”, prosseguiu.
Ontem, em discurso, o presidente Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre as urnas eletrônicas e atacar o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro falou em um ato no Palácio do Planalto que reuniu deputados de sua base, principalmente evangélicos.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, respondeu diretamente a Bolsonaro por ter pregado que as Forças Armadas contem os votos da eleição. Ela chamou de “aberração” o teor da fala do presidente.
“Contar votos nunca foi papel dos militares. A verdade é que Bolsonaro, pior presidente da história, não tem coragem de enfrentar o julgamento das urnas. Quem tem 60% de rejeição não ganha eleição”, declarou a deputada federal, nesta quinta-feira (28), em sua conta no Twitter.
Bolsonaro critica urnas
Em encontro com deputados da base aliada no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (27) Bolsonaro (PL) voltou a atacar a urna eletrônica e colocar o processo eleitoral sob suspeita. Em discurso, o presidente também voltou a provocar o Supremo Tribunal Federal e atacou o ministro Luís Roberto Barroso. “Todo mudo que quer ser respeitado tem que respeitar em primeiro lugar.”
“Não pensem que uma possível suspeição de uma eleição vai ser apenas no voto para presidente. Vai entrar pro Senado, vai entrar para a Câmara. Se tiver, obviamente, algo de anormal. Vai entrar para estadual, para todo mundo”, disse.
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