Bloomberg — O Japão deve permitir a entrada de alguns pacotes turísticos do exterior a partir de 10 de junho, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida, encerrando uma proibição que foi introduzida há cerca de dois anos como parte do programa de controle da pandemia de coronavírus no país.
“As trocas ativas entre as pessoas são a base da economia e da sociedade”, disse Kishida em um discurso na conferência “Future of Asia”, em Tóquio. “A partir do dia 10 do próximo mês reiniciaremos a admissão de turistas em pacotes turísticos guiados.”
Ele acrescentou que os preparativos começariam a permitir que voos internacionais aterrissassem no aeroporto de New Chitose, em Hokkaido, e no aeroporto de Naha, em Okinawa, a partir de junho.
Os números de turistas provavelmente permanecerão limitados no início. O Japão já anunciou que dobrará seu limite de chegadas do exterior para 20 mil por dia a partir do próximo mês, embora isso permaneça muito abaixo dos níveis vistos antes da pandemia.
Kishida prometeu, em um discurso em Londres, tornar a entrada no Japão tão fácil quanto outras nações ricas do G7 (grupo formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos).
Kishida está sob pressão de lobbies empresariais para abrir ainda mais as fronteiras, já que a indústria de viagens está perdendo o que poderia ter sido um ganho inesperado do iene fraco.
Uma pesquisa publicada pelo jornal Mainichi no fim de semana descobriu que 43% dos entrevistados eram a favor de relaxar os controles de fronteira, enquanto 41% eram contra a ideia.
O secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, disse este mês que a flexibilização das restrições significaria que cerca de 80% das chegadas poderiam entrar no país sem passar por testes ou quarentena.
Os países e regiões serão divididos em três categorias – vermelho, amarelo e azul – dependendo do risco de vírus avaliado, de acordo com uma declaração conjunta do Ministério das Relações Exteriores e de outros ministérios.
Os viajantes que chegam de países ou regiões da lista azul poderão contornar a quarentena desde que passem em um teste de PCR antes da partida, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores. Aqueles na lista amarela exigirão comprovação de vacinação com imunizantes selecionadas, de forma a pular a quarentena.
O jornal South China Morning Post informou na quinta-feira (26) que o Japão está considerando colocar Hong Kong na lista azul, citando uma pessoa não identificada.
A medida ocorre depois que o governo permitiu que alguns pequenos pacotes turísticos para visitantes estrangeiros fossem realizados em caráter experimental este mês.
O Japão se saiu relativamente bem durante a pandemia, registrando pouco mais de 30 mil mortes pelo vírus até agora, em comparação com cerca de 179 mil no Reino Unido, cuja população corresponde a cerca de metade do tamanho.
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