Bloomberg — Um acordo provisório fechado nesta terça-feira (7) na União Europeia determinou que todos os smartphones e tablets deverão usar um carregador de energia que atendam ao mesmo padrão.
O objetivo, segundo os negociadores, é que todas as empresas – principalmente a Apple (AAPL) – utilizem o carregador USB-C ao produzir celulares, tablets, leitores de livros digitais e câmeras. Cerca de 15 tipos de produtos estão incluídos no escopo, como headsets, consoles de videogame e fones de ouvido.
O plano, divulgado no ano passado, foi aprovado provisoriamente nesta terça (7) e deve gerar uma economia aos consumidores de cerca de 250 milhões de euros (ou US$ 267 milhões) por ano, segundo a Comissão Europeia. O Parlamento Europeu e os 27 países da UE ainda precisam assinar o acordo.
Os fabricantes de aparelhos celulares e tablets terão que cumprir as regras até meados de setembro de 2024. Os notebooks terão mais tempo para fazer a troca: os negociadores do acordo deram aos fabricantes 40 meses de carência após as novas regras entrarem em vigor.
Não está claro nem as empresas esclareceram se consumidores de países como o Brasil terão acesso a produtos da Apple com essa entrada para a recarga de energia.
“Um carregador único é algo necessário diante de diversos dispositivos eletrônicos em nosso dia-a-dia”, disse Thierry Breton, um dos membros da Comissão Europeia, em comunicado. “Os consumidores europeus poderão usar um único carregador para todos os seus eletrônicos portáteis – um passo importante para aumentar a conveniência e reduzir o desperdício.”
A proposta irritou inicialmente a Apple, que disse que a medida reduziria a inovação. Mas a empresa está atualmente testando futuros modelos de iPhone que substituem a atual porta de carregamento “Lightning” pelo conector USB-C. Os modelos atuais de notebooks da Apple já usam o carregador USB-C.
No futuro, a Comissão poderá definir padrões para carregamento sem fio, disse Alex Agius Saliba, o principal negociador do Parlamento Europeu, já que a UE não quer “acabar em uma situação em que estaremos legislando para um mercado que está basicamente morrendo.”
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