Bloomberg Línea — Apesar de ter iniciado a sessão em alta firme, o Ibovespa (IBOV) cedeu à pressão dos recuos que rondavam os 4% dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) - com investidores ainda digerindo as mudanças na gestão da estatal - e de bancos, como o Banco do Brasil (BBAS3). Enquanto isso, a alta do papel da Vale (VALE3) contribuía para equilibrar as perdas. O dólar oscilava.
Os ativos de risco iniciaram a semana em alta no exterior, ampliando o rali da semana passada, quando as bolsas dos Estados Unidos chegaram a subir mais de 6%. O principal impulso hoje, em dia de mercados fechados nos Estados Unidos por conta de feriado, é a redução no número de casos de covid-19 na China.
Lá fora, as ações europeias e os futuros dos EUA reduziram ganhos e os títulos europeus caíram depois que os números da inflação alemã acima do esperado aumentaram a pressão sobre formuladores de políticas do banco central para controlar o aumento dos preços.
As ações europeias reduziram o quarto dia de ganhos, ainda a caminho da mais longa sequência de avanços desde março. As ações ligadas ao mercado de luxo tiveram desempenho superior nesta segunda-feira, com os planos de reabertura da China impulsionando o sentimento.
Confira o desempenho dos indicadores nesta sexta-feira (30):
- Por volta das 12h30 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,84%, aos 111.005 pontos;
- O dólar operava próximo à estabilidade, aos R$ 4,73, depois de recuar pela manhã
Contexto externo
Os contratos futuros do Nasdaq 100 e os futuros do S&P 500 subiam em um sinal de que o salto nas ações dos EUA pode ter continuidade após a melhor semana de Wall Street desde novembro de 2020. O S&P 500 eliminou as perdas de maio e quebrou uma série de sete quedas semanais à medida que os investidores institucionais reequilibravam as carteiras no final do mês.
O dólar caía pelo terceiro dia em relação aos principais pares, já que os paraísos perderam seu apelo em meio ao clima ligeiramente melhorado.
Os traders estão ponderando se o fim do sell-off está próximo, já que os investidores estão comprando pechinchas na bolsa após um dos piores começos de ano para as ações.
No entanto, um muro de preocupações permanece por parte dos bancos centrais agressivos, ressaltando os temores de uma recessão, a escalada da inflação de alimentos da guerra na Ucrânia e os bloqueios da China que prejudicam a atividade econômica.
Nesta semana, os investidores irão monitorar dados de emprego do payroll dos EUA na sexta-feira (3) para avaliar o caminho de aperto do Federal Reserve, na busca para tentar conter a inflação. Enquanto isso, o Fed deve começar a encolher seu balanço de US$ 8,9 trilhões a partir de quarta-feira (1).
-- Com informações de Bloomberg News
Leia também:
Um mercado de US$ 50 bi (ou mais). O que está em jogo com a lei dos criptoativos