Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) conseguiu sustentar o avanço visto pela manhã e subia no início da tarde desta quinta-feira (19), em dia de sessão volátil no exterior. A alta do minério de ferro em Qingdao impulsionou os papéis ligados à commodity, que ajudavam a sustentar o tom positivo. Já no exterior, preocupações com a alta dos preços e aumento dos juros dão o tom da sessão, com receios sobre o crescimento econômico global.
CSN Mineração (CMIN3), CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3) eram destaques de alta do Ibovespa.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 buscava se distanciar do mercado de baixa e oscilava entre perdas e ganhos. O índice acumula baixa de cerca de 19% ante a máxima de janeiro e 18% abaixo do último recorde. Um fechamento com recuo de 20% em relação ao patamar recorde marcaria a entrada no bear market.
As apostas de que balanços robustos podem ajudar os investidores a enfrentar a turbulência deste ano foram colocadas em dúvida depois que os gigantes do varejo dos EUA sinalizaram o crescente impacto da alta inflação nas margens e nos gastos do consumidor. Enquanto isso, membros do Federal Reserve reafirmaram que uma política monetária mais rígida está à frente, e os investidores se preocupam com os riscos de estagflação.
Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira (19):
- Por volta das 13h20 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,58%, a 106.859 pontos;
- O dólar à vista caía 1,38%, a R$ 4,90;
- Nos EUA, o Dow Jones caía 0,54%, enquanto o S&P 500 rondava a estabilidade e o Nasdaq subia 0,87%
Contexto externo
Os rendimentos do Tesouro recuavam em meio a um crescente sentimento de angústia com o andamento da economia global e a liquidação nos mercados de ações.
Os pedidos de seguro-desemprego mais altos do que o previsto nos EUA e um declínio acentuado em uma pesquisa regional do Fed da Filadélfia também estimularam os investidores a irem às compras.
Os pedidos iniciais de seguro-desemprego aumentaram em 21.000, para 218.000 na semana encerrada em 14 de maio, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira (19). A estimativa mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas previa 200.000 pedidos iniciais.
Os pedidos contínuos de benefícios estaduais caíram para 1,32 milhão na semana encerrada em 7 de maio, o menor desde 1969.
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