Ibovespa encerra maio no azul com ajuda de petroleiras e bancos; dólar cai

After Hours: sentimento negativo do exterior, em meio a preocupações com a inflação, contaminou os mercados acionários na Europa e em NY

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Bloomberg Línea — Na contramão do exterior, em que prevaleceu o sentimento negativo diante das preocupações com a forte pressão inflacionária nesta terça (31), o Ibovespa (IBOV) encerrou o último pregão do mês em alta de 0,3%, aos 111.350 pontos. Em maio, o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira subiu 3,22%, após cair 10,1% em abril. Já o dólar recuou, negociado a R$ 4,73.

Por aqui, o destaque ficou com as ações de petroleiras e bancos, que ajudaram a sustentar o índice. Os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), por exemplo, subiram 0,76% (ON) e 0,23% (PN), enquanto os de Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) avançaram 0,93% e 0,59%, respectivamente.

Os ganhos, contudo, foram liderados pelas ações de Marfrig (MRFG3), com alta de 5,54% após Marcos Molina, fundador da companhia, informar que está comprando ações a mercado. Também estiveram entre os maiores ganhos as ações de IRB Brasil (IRBR3), que subiram 4,63%, e de BRF (BRFS3), com alta de 3,99%, R$ 15,65.

Na ponta oposta, estiveram entre as maiores baixas desta terça as ações de Banco Inter (BIDI11), com queda de 2,40%, e de Magazine Luiza (MGLU3), que caiu 3,12%.

Na agenda doméstica, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados hoje pelo IBGE. A taxa é a menor para esse trimestre desde 2015 e representa uma queda de 0,7 ponto percentual ante o trimestre anterior, e de 4,3 pontos percentuais na comparação anual.

Confira como fecharam os mercados nesta terça-feira (31):

Cena externa

As ações dos Estados Unidos chegaram a reduzir perdas com a aceleração da inflação recorde na Europa – mas ainda fecharam em terreno negativo –, intensificando o debate sobre a rapidez com que os bancos centrais aumentarão as taxas de juros para combater o aumento dos preços.

Depois de um mês de alta volatilidade, os índices americanos do Dow Jones e S&P 500 fecharam maio praticamente estáveis, suportados por um forte rali na semana passada. Já o Nasdaq perdeu cerca de 2,1% no mês de maio.

Os temores de que os aumentos das taxas de juros no mundo induzam uma recessão, a inflação persistentemente alta e a incerteza sobre como a China impulsionará sua economia estão mantendo os investidores cautelosos.

-- Com informações da Bloomberg News

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