Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) ampliou a queda vista pela manhã e recuava mais de 2% na tarde desta segunda (13), seguindo o mau humor do exterior, com investidores se posicionando para as decisões de juros por aqui e nos Estados Unidos na quarta-feira (15). Nesse cenário, o dólar, visto como ativo de proteção avançava, chegando a tocar os R$ 5,13 na máxima da sessão.
Nos EUA, o S&P 500 ronda as mínimas em 15 meses, com uma queda de 20% desde o pico em janeiro.
Na semana passada, a inflação ao consumidor dos EUA veio acima do esperado em maio, levando traders a anteciparem aumento de 175 pontos-base até setembro, o que implica dois aumentos de 50 e um de 75 pontos-base. Se isso acontecer, será a primeira vez desde 1994 que o Fed recorrerá a uma medida tão drástica.
Já no Brasil, a inflação segue alta e disseminada na economia, mostrando que o aumento de juros ainda não surtiu totalmente efeito.
O sentimento de aversão ao risco contribuía para uma onda vendedora nos mercados acionários nesta segunda, com investidores fugindo de ativos mais arrojados e buscando proteções na carteira.
Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (13):
- Por volta das 15h00 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 2,44%, aos 102.908 pontos;
- O dólar à vista avançava 2,05%, a R$ 5,09, contribuindo para uma alta nos contratos de juros futuros;
- Nos EUA, os índices recuavam: o Dow Jones caía 2,11%, o S&P 500 2,95%, enquanto o Nasdaq, 3,60%;
Criptos também derretem
O bitcoin (BTC) desabou para o menor nível em cerca de 18 meses após a plataforma de empréstimos Celsius congelar os saques nesta segunda-feira (13), intensificando a preocupação de que o risco sistêmico no ecossistema de criptomoedas acelere a queda de valor do mercado de ativos digitais.
O token digital mais negociado do mundo chegou a cair mais de 17%, para US$ 22.603 - o menor nível desde dezembro de 2020. Outras criptomoedas também caíam à medida que o selloff mais amplo continuou. O índice MVIS CryptoCompare Digital Assets 100, que mede 100 dos principais tokens, caiu 17%.
O valor total do mercado de criptomoedas, que chegou a US$ 3 trilhões em novembro, caiu para menos de US$ 1 trilhão às 11h54, horário de Brasília, nesta segunda, segundo a CoinGecko.
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