França: Carrefour reduz iluminação após pedido de economia de energia

O frio e paralisações de reatores nucleares levaram os preços de energia para o maior nível em 13 anos

Los peatones caminan en el estacionamiento fuera de una tienda de hipermercado Carrefour SA en la noche en Marsella, Francia, el jueves 17 de enero de 2019. Las acciones de los minoristas franceses, incluyendo Carrefour, Fnac Darty y Maisons du Monde, podrían moverse después de que Casino Guichard-Perrachon SA informara de un conjunto de ventas del cuarto trimestre que superó las estimaciones a pesar de las protestas de los Chalecos Amarillos que amortiguaron los ingresos.
Por Jesper Starn e Francois de Beaupuy
04 de abril, 2022 | 02:51 PM

Bloomberg — Na França, os supermercados estão aderindo a um esforço para limitar o consumo de energia elétrica no país. O frio e paralisações de reatores nucleares levaram os preços de energia para o maior nível em 13 anos.

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O Carrefour comunicou a redução do consumo de eletricidade nesta segunda-feira de manhã, atendendo aos pedidos da operadora da rede nacional RTE para que famílias e empresas reduzam o uso para lidar com o aumento na demanda, que coincide com interrupções nas instalações nucleares e o clima gelado.

Entre os 56 reatores nucleares da estatal Electricité de France, 25 estão parados. A temperatura na maior parte do país deve cair abaixo de zero durante a noite.

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A rede de supermercados está usando métodos como “reduzir o aquecimento nos escritórios e diminuir a iluminação nas 400 lojas do grupo no país”, disse uma porta-voz à Bloomberg News.

O custo das entregas de eletricidade entre 8:00 e 9:00 da manhã em Paris subiu para 2.987,89 euros (US$ 3.286) por megawatt-hora, enquanto o preço médio do dia inteiro ficou em 551,43 euros no leilão da Epex Spot SE para entrega no dia seguinte. É a maior cotação desde o recorde atingido em outubro de 2009. O movimento levou à elevação do limite máximo de preço em bolsas de energia por toda a Europa.

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Providências das famílias, empresas e autoridades para economizar energia reduziram o pico de demanda em 800 megawatts na manhã de segunda-feira, quantia quase equivalente à produção de um reator nuclear, segundo comunicado da operadora da rede. A RTE previa pico da demanda em 73 gigawatts às 9:00, mas o ponto máximo ficou em 71,6 gigawatts 15 minutos antes disso, informou a operadora.

A economia de energia também foi obtida por meio de contratos nos quais usuários de eletricidade, como fábricas, recebem pagamento em troca da diminuição do consumo, acrescentou a RTE. Assim, cerca de 63,6 gigawatts no pico da demanda foram atendidos pela produção nacional e o restante foi importado.

Nas residências, as pessoas aumentaram a temperatura do aquecimento para enfrentar o clima congelante durante a noite de domingo, a mais fria para essa época do ano desde 1947, de acordo com o serviço meteorológico do país. O clima deve esquentar a partir de terça-feira e as temperaturas ficarão próximas da média, segundo previsão da Maxar Technologies.

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Para aliviar a pressão sobre o fornecimento, a EDF conseguiu 2 gigawatts de capacidade adicional na segunda-feira junto a usinas que normalmente produzem energia durante o inverno, informou um porta-voz da empresa.

Bengt P. Longva, analista sênior da consultora StormGeo Nena, explicou que, embora a demanda de energia esteja muito alta, “o maior problema aqui é a baixa produção nuclear”.

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