Bloomberg Línea — O relatório Focus, do Banco Central, voltou a ser divulgado nesta segunda-feira (6), de forma parcial, após um mês de hiato nas publicações. O atraso acontece em meio à greve dos servidores da autoridade monetária.
Conforme o esperado, houve alta nas expectativas para a inflação em 2022 e 2023. Em relação ao observado no relatório de 2 de maio, o último a ser publicado, as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 foram elevadas de 7,89% para 8,89%. Já para 2023, o avanço foi de 4,10% para 4,39%, segundo os economistas consultados pelo BC.
A forte alta dos preços e perspectivas mais elevadas para a inflação contribuíram para estimativas mais altistas para a taxa Selic em 2023, que subiram de 9,25% para 9,75% ao ano, mostrando que o mercado segue vendo juros mais altos por mais tempo. Já para este ano, ficaram mantidas as projeções de Selic a 13,25% ao ano.
Por fim, para o Produto Interno Bruto (PIB), o mercado vê agora uma expansão de 1,20% da economia este ano, ante estimativa de 0,70% anteriormente. Em 2023, contudo, as projeções apontam para crescimento de 0,76% do PIB, contra 1,00% na última divulgação.
Confira os principais pontos de projeção do Focus desta semana:
Para 2022
- Alta de 8,89% da inflação, contra 7,89% na última publicação, em 2 de maio;
- Crescimento de 1,20% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 0,70% anteriormente;
- Dólar a R$ 5,05, ante estimativa de R$ 5,00;
- Taxa Selic em 13,25% ao ano (sem alterações);
Para 2023
- Alta de 4,39% da inflação, contra projeção de 4,10% anteriormente;
- Crescimento do PIB de 0,76%, ante estimativa de expansão de 1,00%;
- Dólar a R$ 5,05, ante projeção de R$ 5,04;
- Taxa Selic em 9,75% ao ano, contra expectativa anterior de 9,25% ao ano;
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