Estudo mostra que xingar pode aumentar a autoconfiança

Os pesquisadores da Universidade de Keele concluíram que xingar pode ajudar na diminuição da dor física, do medo e das preocupação cotidianas.

Pesquisadores afirmam que o uso de palavrões pode contribuir até mesmo para aumentar a força física
03 de abril, 2022 | 05:02 PM

Bloomberg Línea — Xingar pode ser melhor do que você imagina. De acordo com pesquisadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, palavrões podem ter efeitos positivos para a coragem, para o comportamento de risco e para a força física, auxiliando até mesmo na diminuição de dores corporais.

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O estudo foi publicado no Quarterly Journal of Experimental Psychology no último dia 23 de março, e tinha o objetivo de identificar os efeitos do mecanismo psicológico pelo qual os palavrões podem desempenhar nas tarefas físicas e motoras.

Os pesquisadores estavam particularmente interessados em descobrir se insultos e palavras ofensivas aumentavam a ‘desinibição do estado’, que é basicamente um estado de autocontrole reduzido, seguido de falta de contenção.

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Para chegar aos resultados apresentados, os pesquisadores realizaram dois diferentes experimentos: um com 56 participantes, sendo 32 mulheres e 24 homens, e outro com 118 pessoas, sendo 63 homens, 53 mulheres, um indivíduo não-binário e uma pessoa que preferiu não revelar seu sexo, com uma média de idade de 25,8 anos.

Descobertas

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O estudo liderado por Richard Stephens, mostrou que os participantes podiam se levantar de uma cadeira usando os braços por mais tempo e com mais agilidade depois de repetir um palavrão.

Os participantes também demonstraram um comportamento mais arriscado em uma tarefa online que envolvia encher um balão de borracha o máximo possível sem que ele estourasse. Depois de bradar palavrões, o comportamento de risco aumentou em 8% enquanto os candidatos enchiam o balão, se em comparação com o uso de um diálogo neutro.

A qualidade humorística dos palavrões também foi considerada um importante fator para a rota psicológica do aumento da força física, algo semelhante a simplesmente “deixar fluir”.

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“Xingar parece produzir um estado de ‘cognições quentes’, nos ajudando a reduzir os medos e preocupações cotidianas. Isso pode levar a benefícios em algumas situações, como a força física, demonstrada por nossos participantes conseguirem manter a flexão da cadeira por mais tempo após o palavrão”, disse Stephens.

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.

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