Embraer espera alta de encomendas com boom de viagens pós-pandemia

Companhia brasileira negocia a venda de modelos da família E2 com clientes potenciais da América do Norte, da Europa, da Ásia e da América Latina

Aeronave E195-E2 da Embraer em feira na Índia: empresa reporta negociações com clientes da Ásia
Por Siddharth Philip
19 de junio, 2022 | 05:28 PM

Bloomberg Línea — A Embraer (EMBR3) disse esperar que o recente aumento da demanda no mercado de aviação comercial impulsione o número de encomendas por jatos regionais, à medida que um número crescente de companhias aéreas procura explorar novos meios de crescimento e substituir modelos mais antigos por aeronaves mais eficientes em termos de consumo de combustível.

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A fabricante brasileira de aviões está atualmente em discussões com clientes em potencial na América do Norte, na América Latina, na Europa e na Ásia para sua linha de modelos E2 (a segunda geração de sua família de aviões comerciais), disse Arjan Meijer, CEO da unidade de aeronaves comerciais da Embraer, em entrevista em Doha.

O executivo se recusou a comentar sobre o tamanho de quaisquer pedidos em potencial, mas disse que a Embraer espera entregar entre 60 e 70 E-jets neste ano, acima dos menos de 50 em 2020 e 2021.

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Meijer disse que as companhias aéreas tradicionais querem reformular as frotas regionais mais antigas, adicionando aeronaves mais eficientes em termos de consumo de combustível, diante dos preços mais elevados dos mesmos com a alta do petróleo e da necessidade de reduzir a emissão de carbono.

À medida que os países reabrem as fronteiras e as restrições à circulação entre países e internamente por causa da Covid diminuem, as viagens voltaram rapidamente.

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Ainda assim, permanecem as preocupações com uma crise de mão-de-obra sem precedentes que deixou muitas companhias aéreas e aeroportos mais demandados lutando para contratar centenas de milhares de trabalhadores que foram demitidos no auge da pandemia. A inflação em espiral e as pressões econômicas também estão colocando um ponto de interrogação sobre a sustentabilidade da demanda atual.

Meijer disse que as questões trabalhistas são “dores de crescimento” e espera que sejam resolvidas no curto prazo. A inflação e o consequente aumento das taxas de juros, por outro lado, elevariam o custo de financiamento para o setor, disse o executivo.

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