Bloomberg Línea — Os mercados estendem o mau humor da semana passada e iniciam a segunda-feira em queda, com os investidores temendo um aperto mais agressivo de juros por parte do Federal Reserve para conter a forte pressão inflacionária.
Na quarta-feira (15), membros do Federal Open Market Committee (Fomc), nos Estados Unidos, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, se reúnem para decidir o rumo da taxa básica de juros nos dois países, com expectativa de novas altas.
Na semana passada, a inflação ao consumidor dos EUA veio acima do esperado em maio, levando traders a anteciparem aumento de 175 pontos-base até setembro, o que implica dois aumentos de 50 e um de 75 pontos-base. Se isso acontecer, será a primeira vez desde 1994 que o Fed recorrerá a uma medida tão drástica.
Já no Brasil, a inflação segue alta e disseminada na economia, mostrando que o aumento de juros ainda não surtiu totalmente efeito.
O sentimento de aversão ao risco contribuía para uma onda vendedora nos mercados acionários nesta segunda, com investidores fugindo de ativos mais arrojados e buscando proteções na carteira, como o dólar, que passou a ser negociado acima de R$ 5.
Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (13):
- Por volta das 10h40 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 2,05%, aos 103.314 pontos;
- O dólar à vista avançava 1,71%, a R$ 5,07, contribuindo para uma alta nos contratos de juros futuros;
- O DI para 2025, por exemplo, subia 15 pontos-base, a 12,66%;
- Nos EUA, os índices recuavam: o Dow Jones caía 1,78%, o S&P 500 2,34%, enquanto o Nasdaq, 2,75%;
- Na Europa, a sessão também era de baixa, com destaque para o índice CAC-40, de Paris, que caía 2,25%;
Na agenda corporativa, destaque para a sessão de estreia dos novos ativos da Eletrobras (ELET3) após a privatização da companhia, que movimentou R$ 33,68 bilhões.
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