Dólar bate R$ 5,26, na quarta semana seguida de altas

Moeda tem refletido receios com inflação e uma possível recessão nos EUA; Ibovespa subia, em linha com exterior

Dólar bate R$ 5,26, na quarta semana seguida de altas para a moeda
24 de junio, 2022 | 10:13 AM
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Bloomberg Línea — O dólar comercial era negociado acima de R$ 5,26 na manhã desta sexta-feira (24), em alta e contrariando outras moedas pare como o peso mexicano e o rand sul-africano, em dia de menor aversão ao risco no exterior.

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A moeda caminha para a quarta semana consecutiva de altas, seguindo os receios com recessão, que foram exacerbados nos últimos dias por comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a alta de juros nos Estados Unidos.

Também influenciava o sentimento a inflação persistentemente alta no Brasil - assim como em outras economias globais. Os preços ao consumidor medidos pelo IPCA subiram 12,04% no ano, em linha com a estimativa média de 12,03% de uma pesquisa da Bloomberg. Em termos mensais, a inflação atingiu 0,69%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta.

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Já o Ibovespa tinha uma manhã de altas, seguindo o desempenho das bolsas americanas, que jogaram de lado a aversão ao risco que marcou a volatilidade dos principais mercados nesta semana. Perto das 11h05, o principal índice acionário brasileiro subia 0,87%, a 98.887 pontos.

  • Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiam 1,84%, 2,16% e 2,64%, respectivamente
  • Um índice de ações defensivas do Goldman Sachs, que inclui grandes nomes do setor de tecnologia e saúde, subiu para uma máxima de mais de 18 meses em relação ao MSCI AC World Index à medida que os temores de uma recessão global superam a preocupação com a inflação altíssima. O indicador saltou mais de 4% esta semana, o dobro do aumento no índice global de ações.

Ainda por aqui, ações ligadas a commodities avançavam, com Suzano (SUZB3), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) na liderança das altas. Na ponta oposta, nomes ligados ao varejo, como o Grupo Soma (SOMA3) e a agência de viagens CVC Brasil (CVCB3) puxavam as baixas.

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.

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