Companhias aéreas ampliam rotas para os EUA com férias e fim de teste de covid

Brasileiros que planejam viajar para destinos como Miami, Orlando e Nova York terão oferta maior de voos e pacotes das agências

Parques temáticos da Disney na Califórnia e na Flórida voltam a receber turistas brasileiros com o controle da pandemia
11 de junio, 2022 | 07:10 AM

São Paulo — O fim da exigência de teste para covid para entrada nos Estados Unidos deve acelerar a tendência de retomada da viagem de brasileiros para destinos como Miami e Orlando, na Flórida, e Nova York. A expectativa é de companhias aéreas que voam para o país, bem como de operadoras de turismo.

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Neste mês, começou a temporada de verão no hemisfério Norte, que vai até o fim de agosto e que consiste no principal motivo para o aumento da oferta de voos para os EUA. A Latam (LTM) informou que, em julho, vai retomar os voos diretos entre Fortaleza-Miami. É uma rota que a Gol (GOLL4) também voltou a ofertar, depois de ter normalizado em maio os voos para a Flórida partindo do aeroporto de Brasília.

A Azul (AZUL4) oferece voos para os EUA a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. A partir de julho, serão 11 voos semanais para Fort Lauderdale e outros sete semanais para Orlando. Essas cidades da Flórida atraem famílias que visitam os parques de diversões da Disney.

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As companhias aéreas nacionais e americanas começaram a restabelecer suas rotas no quarto trimestre do ano passado, quando as fronteiras entre os dois países foram reabertas com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a necessidade de estancar os prejuízos acumulados pelo setor.

“O fim da exigência de visto é uma medida favorável para o setor, pois facilita a vida do viajante e reduz a burocracia para chegar aos Estados Unidos”, afirmou Roberto Haro Nedelciu, presidente da BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), em entrevista à Bloomberg Línea.

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No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do país e principal ponto de embarque para os Estados Unidos, o passageiro desembolsa R$ 200 por um teste para covid em farmácia. Duas companhias, o Hospital Albert Einstein e a CR Diagnósticos, também oferecem o teste.

A rápida adequação da malha aérea para os Estados Unidos tem explicação - além, é claro, da razão primordial de ser quase uma garantia de demanda aquecida e receitas. As companhias aéreas já esperavam o fim da exigência de teste. No último dia 1º, Dany Oliveira, diretor-geral da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) no Brasil, disse à Bloomberg Línea que a entidade estava em diálogo com o governo americano expondo que, na avaliação de especialistas da área, o risco de contágio diminuiu.

Até o fim de março, o viajante também era obrigado a apresentar um teste negativo de Covid-19 no retorno dos EUA ao Brasil. Foi só no início de abril que o governo federal derrubou essa exigência.

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Os EUA e a Argentina são historicamente os dois destinos preferidos dos brasileiros em viagens internacionais. Durante a pandemia, Portugal e México se destacaram como países com maior aumento nas vendas de pacotes, devido às restrições para entrar em território americano e argentino.

O aumento e a normalização do fluxo de viagem de brasileiros vão depender também, segundo operadoras de turismo, do ritmo de emissão de vistos pela Embaixada e pelos Consulados dos Estados Unidos no país. O serviço ficou paralisado a partir do começo da pandemia, em 2020, e só voltou no fim de 2021.

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Desde que a emissão foi retomada, novos horários de agendamento para entrevistas têm sido disponibilizados no sistema on-line dos consulados. “Pessoas que já fizeram seus agendamentos podem continuar a acessar o sistema on-line regularmente para tentar reagendar suas entrevistas para datas mais próximas, sem nenhum tipo de cobrança extra”, disse em nota a Embaixada dos EUA no Brasil .

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 29 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.

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