Cafu vira garoto-propaganda do meio ambiente na Copa do Qatar

Ex-capitão da Seleção Brasileira será embaixador da UPL em projeto com a Fundação FIFA que quer usar o agronegócio para limpar a atmosfera

Cafu, ex-capitão da Seleção Brasileira de futebol, vai ser embaixador em ações ambientais na Copa do Qatar
25 de mayo, 2022 | 07:01 AM

Bloomberg Línea — Em outubro do ano passado, a indiana UPL e a FIFA Foundation anunciaram um projeto que pretende tirar da atmosfera um gigaton (1 bilhão de toneladas) de gás carbônico até 2040, usando a agricultura como vetor de captação dos gases do efeito estufa.

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A empresa, que é a quinta maior indústria de defensivos químicos do mundo, anunciou que seu garoto-propaganda será o último jogador da Seleção Brasileira a levantar a taça da copa do mundo como campeão, o ex-capitão Cafu.

A UPL é uma das patrocinadoras da Copa do Mundo FIFA Qatar para a América Latina. “Como apoiadora oficial, na América Latina, da Copa do Mundo FIFA Catar 2022, sabemos da importância de termos um embaixador legítimo, incontestável, que tivesse uma ligação especial com o evento e, obviamente, que trouxesse uma identificação forte com o público brasileiro”, disse em comunicado Rogério Castro, CEO da UPL Brasil.

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Com contrato até o fim da Copa do Qatar, o ex-jogador vai participar de uma série de ações organizadas pela UPL. O valor do contrato não foi revelado. “Dá muito orgulho ser embaixador dessa jornada com a UPL. O futebol transformou minha história e pode mudar para melhor a vida de mais pessoas. Estou super motivado com esse projeto e pronto para mostrar a força dos produtores rurais e do agronegócio brasileiro para o mundo”, disse Cafu, que jogou 148 partidas pela Seleção Brasileira e participou de três Copas do Mundo.

A contratação de Cafu como garoto-propaganda é apenas mais uma peça na estratégia da UPS para popularizar a questão da emissão de carbono e atrair agricultores para seu projeto, que tem o futebol como plataforma principal.

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A ideia é que o projeto como um todo movimente US$ 15 bilhões em créditos de carbono até sua conclusão, em 2040. Entre 60% e 70% desse valor será revertido em remuneração adicional aos agricultores, que serão os responsáveis pela geração desses créditos, ficando o restante dividido entre custos de certificação, operação e remuneração dos investimentos antecipados nas fases iniciais.

Os créditos serão gerados em 100 milhões de hectares utilizados para agricultura e pecuária no mundo nas próximas duas décadas. A ideia é que essa área passe a adotar uma metodologia de sequestro de carbono desenvolvida pela equipe de cientistas da UPL em parceria com a Universidade do Colorado, nos Estados Unidos. Desse total, 20 milhões de hectares estão no Brasil.

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Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.

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