Bloomberg Línea — As bolsas mundiais avançam nesta quarta-feira (15), apesar da cautela dos investidores à espera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. A expectativa é de que tanto o Comitê de Política Monetária (Copom), após às 18h, quanto o Federal Open Market Committee (Fomc), às 15h, elevem as taxas de juros de forma a tentar conter a forte inflação e as expectativas.
Enquanto no Brasil grande parte do mercado espera um aumento de meio ponto percentual na Selic, para 13,25% ao ano, nos EUA cresceram as apostas de um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, atualmente no intervalo entre 0,75% e 1%. As preocupações são as de que o aumento dos juros e a alta inflação no mundo levem a economia global a uma recessão.
Na Europa, o Banco Central Europeu realizou uma reunião emergencial para discutir o avanço dos juros de bônus em meio à perspectiva de aperto monetário na região. A autoridade monetária disse que está acelerando a criação de uma nova ferramenta para combater os saltos “injustificados” nos rendimentos dos títulos da zona do euro - o que se traduz em juros mais altos na economia -, à medida que os mercados estão tensos com a perspectiva dos primeiros aumentos das taxas em mais de uma década.
Por aqui, o Ibovespa (IBOV) operava em alta de 0,8% por volta das 13h10 (horário de Brasília), puxado pelos ganhos de 9% e 8,88% das ações de Natura (NTCO3) e CVC Brasil (CVCB3), respectivamente.
Do lado das perdas, lideravam as quedas as ações de CSN Mineração (CMIN3) e WEG (WEGE3), ambas com baixas da ordem de 2%.
Confira o desempenho dos mercados nesta quarta-feira (15):
- O Ibovespa avançava 0,77% por volta das 13h10 (horário de Brasília), aos 102.852 pontos;
- O dólar à vista operava estável, negociado a R$ 5,12;
- Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 cedia 17 pontos-base, a 12,87%;
- Nos EUA, os índices avançavam: o Dow Jones subia 0,48%, o S&P 500 0,98%, enquanto o da Nasdaq 1,80%;
- Na Europa, as bolsas também tinham alta, como é o caso do índice FTSE, do Reino Unido, que avançava 1,20%;
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