Bolsa avança com impulso de Vale e exterior, enquanto dólar oscila

A ajuda vinda da China ajudou a impulsionar o minério de ferro, o que contribui para a alta dos papéis ligados a ele no mercado local

Crise energética da Europa, a luta da China para suprimir a covid e um Federal Reserve agressivo conspiraram para derrubar as bolsas nos últimos dias
27 de abril, 2022 | 01:24 PM

Bloomberg Línea — Os esforços do governo chinês para conter a covid e apoiar a economia em meio às restrições geraram expectativas de melhora nos mercados globais nesta quarta-feira (27). O Ibovespa (IBOV) avança, assim como os índices acionários na Europa - que fecharam no azul - e nos Estados Unidos.

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A ajuda vinda da China ajudou a impulsionar o minério de ferro, o que contribui para a alta dos papéis ligados a ele no mercado local. Vale (VALE3) sobe e puxa o Ibovespa para cima, assim como Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3).

Mais cedo, o IBGE divulgou o IPCA-15, prévia da inflação oficial, que teve alta de 1,73% em março, quase dobrando a variação anterior, de 0,95%, impactado principalmente pela alta dos combustíveis nas principais cidades do Brasil - consequência direta da volatilidade de preços no exterior ocasionada pela guerra na Ucrânia.

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Foi a maior variação mensal do índice desde fevereiro de 2003 e a maior para o mês de março desde 1992.

  • Perto das 14h15, o Ibovespa subia 1,2%, a 109.505 pontos
  • O dólar, que oscilou ao longo da manhã, caía 0,48%, a R$ 4,98
  • Nos EUA, o Dow Jones subia 0,9%, o S&P 500, 0,96%, e o Nasdaq, 0,72%

Contexto externo

A crise energética da Europa, a luta da China para suprimir a covid e um Federal Reserve agressivo conspiraram para levar as principais bolsas da Europa e dos EUA ao seu nível mais baixo desde meados de março nesta semana.

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Ganhos na Microsoft (MSFT) com resultados melhores do que o esperado ajudaram a elevar o ânimo após a queda impulsionada pelo setor de tecnologia na véspera (26). A Alphabet (GOOG) caía 2,3% após reportar vendas decepcionantes. A Meta (FB) apresentará seu balanço após o fechamento de hoje.

“Após algumas notícias decepcionantes sobre os balanços, os investidores parecem estar reconhecendo que a combinação de custos de insumos mais altos – impulsionados por problemas na cadeia de suprimentos e inflação mais alta, juntamente com um Fed comprometido em apertar as condições financeiras – pode justificar um ajuste nas expectativas”, disse Cliff Hodge, diretor de investimentos da Cornerstone Wealth, à Bloomberg News. “Valuations, margens e expectativas de lucros estão prontos para serem cortados, especialmente se as Big Techs decepcionarem neste trimestre.”

Os temores de que o Fed induza a maior economia do mundo a uma recessão atormentaram os mercados durante toda a semana, enquanto a atividade desacelera na China à medida que os bloqueios para conter a covid se intensificam. Os títulos do Tesouro recuaram, mas o rendimento de 10 anos, em cerca de 2,79%, permanece mais baixo para a semana. O ouro caiu 1%.

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-- Com informações de Bloomberg News

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.

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