Alemanha vai nacionalizar unidade da Gazprom para garantir gás

Subsidiária da empresa russa vai ficar sob tutela do governo alemão até 30 de setembro

Rusia
Por Arne Delfs
04 de abril, 2022 | 02:33 PM

Bloomberg — A Alemanha vai nacionalizar temporariamente uma unidade da russa Gazprom no país para salvaguardar a segurança da oferta de gás.

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A Gazprom Germania – proprietária da fornecedora de energia Wingas e de uma empresa de armazenamento de gás – ficará sob tutela do órgão regulador de energia alemão até 30 de setembro, disse o ministro da Economia Robert Habeck a repórteres em Berlim. A medida foi tomada depois que a gigante do gás deixou a subsidiária alemã sem buscar a aprovação do governo, violando a lei alemã, disse ele.

As subsidiárias da Gazprom na Europa estão sob pressão já que clientes e parceiros se recusam a fazer negócios com elas, aumentando a perspectiva de que algumas não sobreviverão. A unidade da Gazprom Germania na cidade de Rehden, no norte do estado da Baixa Saxônia, opera a maior instalação de armazenamento de gás da Alemanha. O local é considerado fundamental para a segurança energética da Alemanha.

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“O governo federal está fazendo o necessário para garantir a segurança do abastecimento na Alemanha”, disse Habeck em comunicado nesta segunda-feira (4). “Isso também significa que não permitimos que as infraestruturas de energia na Alemanha estejam sujeitas a decisões arbitrárias do Kremlin.”

A Gazprom disse na sexta-feira (1) que não é mais proprietária da subsidiária alemã, que também possui um braço comercial no Reino Unido e unidades da Suíça a Singapura. A gigante russa do gás não divulgou a nova estrutura de capital, mas documentos regulatórios mostraram que a transação envolveu a saída da Gazprom Export Business Services, proprietária da Gazprom Germania. Por sua vez, uma empresa chamada Joint Stock Company Palmary tornou-se acionista da Gazprom Export Business Services.

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Não está claro quem é o proprietário da Palmary: ela foi registrada em outubro em um endereço de Moscou e, desde 30 de março, seu diretor geral era Dmitry Tseplyaev, segundo a junta comercial russa.

Habeck disse que o acordo violou a lei de comércio exterior alemã.

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