Bloomberg — A Eletrobras (ELET3; ELET6) protocolou nesta sexta-feira (27) o pedido de registro para a oferta de ações que pode resultar na diluição da presença do governo em seu capital para menos de 50%. A oferta pode envolver até R$ 35 bilhões, com base no preço de fechamento da ação no dia 26 de maio.
Em 3 de junho, próxima sexta-feira, começa o período de reserva por parte dos investidores. O preço da ação deve ser fixado em 9 de junho, após o bookbuilding - nome dado para a definição dos investidores que serão contemplados com a venda das ações.
Veja a seguir os destaques da agenda corporativa de empresas cujas ações são negociadas na B3:
A semana
- 30/maio, segunda-feira: Assembleia de debenturistas de Furnas para aprovar o aumento de capital da Madeira Energia
- 31/maio, terça: O GPA (PCAR3) promove assembleia geral extraordinária para discutir a incorporação da SCB Distribuição e Comércio
- 01/junho, quarta: Vencimento de opções sobre Índice Brasil-50 na B3
- 02/junho, quinta: Nada previsto até o momento
- 03/junho, sexta: Início do período de reserva da oferta de ações da Eletrobras
Veja abaixo três destaques da semana que passou:
1. Troca de CEO da Petrobras
A troca de comando na Petrobras (PETR3; PETR4) pode demorar mais de um mês para se concretizar. O conselho da companhia determinou que a indicação de Caio Paes de Andrade, no lugar de José Mauro Ferreira Coelho, para a presidência será submetida ao processo de governança interna. O conselho também quer que o governo faça a indicação dos novos nomes para os assentos do conselho de administração.
Só depois disso a AGE (Assembleia Geral Extraordinária) será convocada. Enquanto isso, Ferreira Coelho permanece no cargo. Na prática, Coelho pode ficar mais tempo na espera do sucessor do que o tempo que ficou efetivamente no cargo.
2. Ativos para J&F ou Suzano?
A Kimberly-Clark estuda vender seus ativos de papel tissue no Brasil e em demais países da América Latina, disse o jornal Valor Econômico citando pessoas que falaram sob condição de anonimato. Suzano (SUZB3) e J&F, a holding dos irmãos Batista e da JBS (JBSS3), estariam entre as interessadas nos ativos, além da chilena Softys e das asiáticas Nine Dragons Paper, Oji Holdings e RGE, segundo a reportagem.
3. Enauta desiste de venda
A Enauta (ENAT3) desistiu de vender, por ora, metade de sua participação de 100% no Campo de Atlanta. A empresa negou estender o período de exclusividade que havia assinado com a Karoon Energy e informou que a valorização no preço do petróleo e a diminuição nos riscos de implantação fazem com que a venda deixe de ser atrativa aos acionistas nesse momento. A empresa conseguiu, recentemente, o aval da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para prorrogar o contrato do Campo de Atlanta em 11 anos.
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