Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Com salários altos em relação a demais setores da economia, o mercado financeiro é destaque entre muitos estudantes em busca de um estágio.
Além de uma bolsa auxílio atrativa, os programas, que costumam ter duração máxima de dois anos – o teto estipulado pela lei do estágio –, podem contar ainda com benefícios como plano médico, auxílio home office e até participação nos lucros.
A Bloomberg Línea reuniu o valor médio pago em São Paulo com base nos dados da plataforma, que reúne a média dos valores a partir de avaliações de funcionários e ex-funcionários das empresas.
💰 O JPMorgan (JPM), banco americano com sede em Nova York e escritório na Avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista, aparece no topo da lista, com valores de estágio chegam a uma média de R$ 3.421 por mês, ou R$ 41 mil em um ano. Segundo as informações abertas por 100 usuários da plataforma, isso inclui, além do valor mensal, bônus, participação dos lucros e compensações adicionais.
🤑 Já no Morgan Stanley (MS), outro banco americano com escritórios no Brasil, o pagamento é, em média R$ 3.389, sem considerar benefícios como vale-alimentação e transporte.
💵 Entre as instituições brasileiras, a primeira a aparecer na lista, no sétimo lugar, é o Bradesco (BBDC4), com uma média de auxílio de R$ 2.891. Instituições menos tradicionais do setor, como XP e Nubank (NU), ficam um pouco abaixo da média da remuneração, com pagamentos de R$ 2.273 e R$ 2.259, respectivamente.
⇒ A matéria completa você lê aqui: Estagiários da Faria Lima ganham mais do que o profissional médio brasileiro
Na trilha dos Mercados
Hoje os Estados Unidos voltam à ativa depois do feriado na sexta-feira, mas as bolsas europeias permanecerão fechadas pela Páscoa. Reino Unido, Alemanha, Suíça, Itália, França, Espanha e Portugal reabrem amanhã. Também é feriado em Hong Kong. Nos primeiros negócios da manhã, os futuros de índices norte-americanos sinalizavam queda, enquanto os títulos do Tesouro seguiam seu curso de prêmios mais altos.
👩⚕️ Como vai a saúde corporativa?
A semana será orientada sobretudo pelos balanços empresariais, com empresas como Bank of America, Netflix e Tesla apresentando seus números e sinalizando se suas finanças estão em boa forma.
↔️ A macro
A China divulgou hoje informações contraditórias sobre sua economia. O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre subiu 4,8%, acima dos 4,4% projetados pelos analistas. Mas as vendas no varejo encolheram em março pela primeira vez desde 2020, afetadas pelo novo surto de covid-19, que levou o país a implementar novas restrições à mobilidade.
👀 Petróleo
Os olhos também estarão voltados à negociações com o petróleo, cujas oscilações têm refletido os protestos na Líbia, que levaram a interrupções no fornecimento, e avisos da Rússia sobre uma nova escalada de preços se mais países lhe imponham sanções.
🔴 Guerra: os últimos acontecimentos
A cidade portuária ucraniana do sul de Mariupol não caiu, mas seus defensores estão cercados por forças russas, informou o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Ele lamentou a “grande catástrofe humanitária” na região, pois o exército russo decidiu arrasar a cidade. “A cidade já não existe”, disse Kuleba à CBS.
🟢 As bolsas na quinta-feira (14): Dow Jones (-0,33%), S&P 500 (-1,21%), Nasdaq Composite (-2,14%), Ibovespa (-0,51%)
A especulação sobre o que poderia acontecer com a política monetária do Federal Reserve mais uma vez dominou os mercados acionários norte-americanos, que fecharam a sessão da quinta-feira (14) com perdas. Na sexta-feira, as bolsas fecharam por feriado. Os índices acionário retrocederam enquanto subiram os prêmios dos títulos do Tesouro dos EUA, com os investidores pedindo prêmios de 2,828% para os bônus de 10 anos, devido à especulação de que o banco central aumentaria as taxas agressivamente para lidar com a inflação.
→ Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados
No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Feriado (Segunda de Páscoa): Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Hong Kong
• EUA: Início das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial; Índice NAHB de Mercado Imobiliário/Abr
• Europa: Espanha (Balança Comercial)
• América Latina: Brasil (IBC-Br; IGP-10; Boletim Focus); México (Reforma Elétrica de AMLO)
• Bancos centrais: Relatório Mensal do Banco Central da Alemanha (Bundesbank). Discurso de James Bullard (FOMC/Fed)
• Balanços do dia: Bank of America, The Charles Schwab, CNB Financial, Bank of NY Mellon
📌 E para amanhã:
• EUA: Construção de Novas Casas/Mar; Licenças de Construção/Mar; Índice Redbook; Estoques de Petróleo Bruto Semanal API; Reuniões do FMI
• Europa: Zona do Euro (Total de Ativos de Reserva/Mar)
• Ásia: Japão (Balança Comercial/Mar); China (Taxa Preferencial de Empréstimo do BPC)
• Bancos centrais: L’Oreal; Netflix, J&J, Rio Tinto, Lockheed Martin, Halliburton, IBM
Destaques da Bloomberg Línea
• O que é a ‘pílula de veneno’ que o Twitter ativou contra a oferta de Elon Musk?
• Cannabis no Uruguai: As lições para a América Latina sobre uma lei histórica
• Joe Biden relata US$ 610.702 em receita em 2021, menos que a família Harris
• ITA busca injeção de capital de novo dono para voltar a voar
• Banco pagará cerca de R$ 50 mil a idosa por permitir fraude em consignado
Também é importante
• Substituição no campo das lideranças do SoftBank Latin America Fund: Saem Paulo Passoni e Shu Nyatta e entram Alex Szapiro e Juan Franck. É mais uma mudança que vem na esteira de reorganizações do fundo para a América Latina desde que o idealista dos investimentos na região, Marcelo Claure, deixou o conglomerado japonês descontente com sua remuneração.
• Goldman Sachs vê chances de recessão nos EUA em 35% nos próximos dois anos. A história sugere que o Federal Reserve enfrentará uma tarefa difícil de apertar a política monetária o suficiente para esfriar a inflação sem causar uma recessão nos EUA, com chances de uma contração de cerca de 35% nos próximos dois anos, segundo o Goldman Sachs (GS).
• Bilionário Abramovich visita Kiev e busca retomar as negociações Ucrânia-Rússia. O bilionário Roman Abramovich viajou para Kiev em uma tentativa de reiniciar as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, que pararam depois que surgiram evidências de atrocidades russas contra civis.
• Xangai divulga plano de retomada de negócios para repor cadeia de suprimentos. A administração de Xangai publicou planos para retomar o trabalho na cidade depois que semanas de lockdown da covid-19 prejudicaram as cadeias de suprimentos e deram um golpe na economia chinesa.
Opinião Bloomberg
Seis temas para a Nova Economia Global: Gary Shilling
Covid-19, interrupções globais na cadeia de suprimentos, atritos na reabertura de economias em todo o mundo e agora a invasão da Ucrânia pela Rússia estão gerando muitos vencedores e perdedores nas economias, mercados financeiros e estruturas políticas. Seis deles são impulsionados por transferências de renda e ativos. As mudanças geradas por qualquer uma dessas forças têm outras consequências significativas.
Pra não ficar de fora
Os primeiros indicadores apontam para uma forte demanda por ingressos para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, apesar das críticas sobre a realização do torneio tipicamente de verão em novembro e das preocupações com a disponibilidade de acomodações.
Cerca de 1,5 milhão de fãs, um pouco mais da metade da população do Catar, devem chegar ao pequeno estado do Golfo durante o evento. O país tem anunciado a proximidade de seus oito estádios como um privilégio para os torcedores, até mesmo provocando a possibilidade de assistir a mais de um jogo por dia.
⚽ A MATCH Hospitality, que vende assentos em clubes e outros pacotes de ingressos de luxo com vantagens em dias de jogos, disse que está a prestes a “superar significativamente” o volume de vendas que viu durante a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. O evento foi um dos mais assistidos do torneio em 25 anos.